quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Perguntas.


Como se faz?
Para engolir espinhos sem ferir?

Para estar ao lado quando não quer?

Para olhar colorido o que não é?

Para entrelaçar-se ao que não quer?

Para tirar o fulvo do sorriso?

Como se faz?

Será que sabemos como mascarar tudo isso?

Será que agüentamos essa hipocrisia perene?

Será que tapinhas nas costas seriam suaves para mascarar o óbvio?

Será que a dissimulação é necessária para conviver?

A convivencia apenas aumenta essas interrogações.

Uma solução para isso nos faz laboriosos.

Tentar responder? Por quê?

Não daremos o prazer de torná-las indubitáveis.

Depreender essas questões que nos fará indubitavelmente mais inteligentes.

Um comentário:

RÉGIS disse...

PERGUNTAS....
E pela vida vamos assim,
Perguntando sem pensar,
Interrogação sem fim,
Parar de se perguntar.
Quem eu sou, que você é?
Jamais alguém vai saber,
Interrogação sem dar ré,
Então porque vou sofrer?
A cada olhar inquisitivo,
O medo campeia em nós,
Amor, amante, amigo,
Medo ardente de sermos sós.

Sou mulher, você é homem,
Quem disse que é assim,
Dois em um que se consomem,
Sem princípio, meio ou fim.

Dualidade e certeza,
Perder tempo em perguntar,
A rã vai ser princesa,
E o sapo no que vai dar?

Transitar entre dois mundos,
Existir sem duvidar,
Feminino ou masculino,
Não devemos separar.

Tão difícil compreender,
A verdade não mascarar,
Será que alguém vai sofrer?
Isso não é p'ra perguntar.

Inquisição torturante,
Humilhando a emoção,
Saber seguir adiante,
Sem tocar o coração.

As vezes as sensações,
Surgem em um repente,
Fugimos, abrimos o não,
Com medo de sermos gente.

Se o momento é propício,
Porque tanta confusão,
Pode ou não ser um indício,
Para viver a sensação.

A verdade pura e simples,
Não queremos nem falar,
Fingimos ser insensíveis,
Mas o medo é rejeitar....

PEPOSA - 19/10/2011 - 09:50H