quarta-feira, 30 de abril de 2008

Bãobalalão


Na casa rosa de grama verde,

passo a passo um pé de cada vez

caminho na direção,

do olhar sem palavras,

do som das batidas,

me conforto com seu abraço,

seu queixo na minha cabeça,

canta uma canção,

bãobalalão,

de um lado para outro ninado,

nunca deixará de ser lembrado,

agora eu canto para você.

Pai, bãobalalão.


segunda-feira, 14 de abril de 2008


Tenho percebido ultimamente que as relações humanas estão sendo baseadas na carne, os sentimentos estão se esvaindo pelas mãos, saindo pelo suor e descendo pelo ralo. Onde ficamos nesse quadro? O que faremos? Melhor apertarmos mais as mãos, darmos um sentido ao suor ou pelo menos esperarmos ele secar em ambos os corpos sem perder o contato. Se quisermos nos embebedar de prazer que seja no mínimo de paixão, mas sempre evitando a confusão das carências. Histórias, afetos e amores estão sendo perdidos constantemente nessa correria, um toque, um fio, uma tela estão substituindo os olhares, os batimentos e os tremores. Que vida é essa sendo cultivada? Prazer só se sente em segundos não chegando a minutos, sendo tão rápido quanto o abotoar e desabotoar de um botão. Mudar o foco talvez seja uma saída. Treinemos de forma incessante para assim nos dar a chance de sentir ou ressentir o que perdemos.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alice




Quando se fala, indaga, responde ou duvida, somos muitas vezes avaliados, tediosamente ou didaticamente. Pessoas confusas empregam essa didática fora do meio. Perguntas, conversas, respostas, são avaliadas ou interpretadas como insípidas, como vejo isso? Cansaço, mudanças repentinas, debates sem propósitos e assuntos não pensantes. Vazio e estático retomo a sensação de insípido. Para os outros ou para mim? Não tenho me sentido vermelho, sinto-me marrom, ou melhor, cinza. Os meus 28 pesam como 40, prognósticos não são ou não conseguem ser criados, esperar acontecer não é correto nem tão pouco saudável. Ao redor soluções facilmente são dadas. Interpretadas? Talvez. Concretizadas? Complicado. Sob a epiderme só um pode sentir, só um pode resolver, só um pode interpretar. Quantas Alices matei e ainda matarei para me concretizar? De quantos sonhos acordei e ainda acordarei? Após cinco anos de leituras e avaliações, cria-se um ideal, faz-se um horizonte e nele nos guiamos, tropeçamos e sangramos, mas é nele que quero me achar, me guiar e me salgar.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Perspectivas



Sempre que nos introduzimos num meio social, qualquer que seja, são criadas expectativas baseadas em cobranças feitas pelo próprio. Traçamos nossas metas e caminhos projetados no futuro, projeção essa muita das vezes ilusória, um tanto que etérea, onde alguma das vezes nos passam a perna. Constantemente nos enganamos nas diversas opções por nós escolhidas, mas no meio de tantas sempre se encontra uma, a mais difícil, a mais longa, muitas vezes a mais cara, mas é a que nos completa. Essa é a tal que temos que seguir e projetar nossas perspectivas e planos e assim consequentes realizações.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Amor


Tiremos o quase físico,
pois o pulsar acelerado,
o suor inesperado,
o bambear dos membros,
o medo de sentir,
são manifestações puramente da carne, do físico e do ser.
Senti-lo é importatnte
mesmo sem receber nos prestigia,
é necessário, se não constante,
é a cólera do nosso ser,
que embreaga de não beber,
é o alimento do meu querer,
só de sentir recíproco o torna.
amor, amor, amor,
queime com ardor,
invada com furor,
se torne redentor.

Nino



Nino, menino, pequeno. Menino mais lindo do mundo.

Sem avaliar


Não quero acreditar que a liquidez da relação humana, dos sentimentos, dos apreços é tão rara ou ineficaz, que torna qualquer demonstração publica ou não um produto rotulado.
Não quero acreditar que a esteriotipia social é tão grande que impede a avaliação da fraternidade do sentimento entre homens e mulheres.
Demonstrações de opostos não significa que devem encaixar no vão da carência amorosa, demostrações de opostos, podem significar amizade, sentimento que ainda acredito.
Por favor não avaliemos situações não presenciadas e conversas não escutadas, principalmente quando há um conhecimeto pessoal, isso nos torna parte do esteriotipo que tanto tentamos fugir.
Caso não haja a capacidade da compreensão de tal situação, procure refletir e não avaliar.