sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alice




Quando se fala, indaga, responde ou duvida, somos muitas vezes avaliados, tediosamente ou didaticamente. Pessoas confusas empregam essa didática fora do meio. Perguntas, conversas, respostas, são avaliadas ou interpretadas como insípidas, como vejo isso? Cansaço, mudanças repentinas, debates sem propósitos e assuntos não pensantes. Vazio e estático retomo a sensação de insípido. Para os outros ou para mim? Não tenho me sentido vermelho, sinto-me marrom, ou melhor, cinza. Os meus 28 pesam como 40, prognósticos não são ou não conseguem ser criados, esperar acontecer não é correto nem tão pouco saudável. Ao redor soluções facilmente são dadas. Interpretadas? Talvez. Concretizadas? Complicado. Sob a epiderme só um pode sentir, só um pode resolver, só um pode interpretar. Quantas Alices matei e ainda matarei para me concretizar? De quantos sonhos acordei e ainda acordarei? Após cinco anos de leituras e avaliações, cria-se um ideal, faz-se um horizonte e nele nos guiamos, tropeçamos e sangramos, mas é nele que quero me achar, me guiar e me salgar.

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