Não existia porta.
Sempre foi assim lá em casa.
Palavras passavam sem obstáculos.
Tudo era verídico.
Agora ela se fechou,
e de vidro se tornou,
consigo ver, mas não sentir.
Devo quebrá-la?
Não, pois os cacos irão ferir.
Devo abri-la?
Talvez, mas ela sempre se fecha.
Devo arrancá-la?
Sim, mas não me deixam.
Então destrancada ficará.
Assim pode-se abrir, entrar e pedir.
Pedir o que?
Que se torne “lá em casa”.
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